domingo, 19 de janeiro de 2014

O VERDADEIRO SABOR DA BAHIA

Uma das comidas que mais nos lembra o estado da Bahia, talvez empatado com a tapioca e o acarajé, é a moqueca. A origem da moqueca é bastante controversa, mas dados históricos afirmam se originar da culinária indígena, cujo nome deriva do termo “moquém” (linguagem tupi), ou seja, “carne moqueada”, uma maneira branda de assar ou cozer a carne em seu próprio suco. Sabedores de que os estados do Espírito Santo e Pará têm sua própria maneira de fazer a moqueca, ficaremos neste post com a baiana. Ir à Bahia e não experimentar sua maravilhosa moqueca é como não ir à Bahia.
A moqueca baiana conta sempre com o dendê, além dos vários acompanhamentos como tomate, pimentão e outros temperos que abrilhantam a carne principal, normalmente peixe.
E no post de hoje falaremos de um achado na Bahia, notadamente da vila da Praia do Forte, cidade de Mata de São João, onde experimentamos uma das melhores moquecas já saboreadas por nós (e olha que já testamos muitas).
Trata-se do restaurante, ou melhor, da “Obá Moquecaria”, situada bem no centrinho da Vila da Praia do Forte (Avenida Antonio Carlos Magalhães 362 - Praia do Forte, 48280-000 Mata de São João, Bahia). O visual já é deslumbrante, com bonita decoração sobre, é óbvio, a cultura baiana, e o atendimento muito bom, com as garçonetes baianas extremamente educadas a atenciosas.
O cardápio conta com uma vasta quantidade de variações da moqueca, mas optamos pela clássica de frutos do mar (com lula, camarão, peixe e carne desfiada de siri), acompanhados de um vinho branco. Sem entradas, pois sabíamos do alto poder de satisfação que a moqueca causa na gente.
E veio aquela maravilha, acompanhada de arroz, caruru, vatapá e pirão, além da farofa de dendê. Estava magnífica, deliciosa, divina. Cada um dos ingredientes estava no ponto certo. A moqueca estava com seus ingredientes perfeitamente equilibrados, e nenhum demais e nem de menos. E cada um estava cozido no ponto. Os acompanhamentos estavam igualmente deliciosos. O restaurante fica numa espécie de varanda, num segundo piso, com vista para o passeio principal da vila, com uma leve brisa que deixava tudo ainda mais agradável.

Boa comida, bom local, bom vinho e bom atendimento, tornaram esse lugar inesquecível, o que nos levou a postar sobre a Obá Moquecaria. Excelente indicação para quem for à Praia do Forte, e gosta de moqueca!

domingo, 12 de janeiro de 2014

PANELA A VAPOR

Pra quem gosta de frutos do mar é um prato cheio, ou melhor, uma panela cheia. Na rede de restaurantes nos Estados Unidos conhecemos um lugar que nos deixou com “água na boca”. Estamos falando do Joe’s Crab Schack (http://www.joescrabshack.com), especificamente daquele localizado na rua Apopka Vineland, Bairro Lake Buena Vista, Orlando, Flórida.
O ambiente parece com um rancho de pescadores, com muitas decorações de redes de pesca, quadros de pescadores, velhos marinheiros e coisas do tipo. É bom chegar cedo, porque está sempre cheio.
As mesas e cadeiras são rústicas e de madeira, dando realmente aquela sensação de que estamos jantando num rancho mesmo.
O cardápio tem variações de frutos do mar (como se pode ver pelo menu que aparece no link). Como já tínhamos a indicação do prato certo, resolvemos pedi-lo.
Pedimos um dos “steampots”, que são as panelas com frutos do mar feitos no vapor, acrescentados de algumas delícias, conforme o tipo pedido.
No caso, selecionamos o “THE BEAN TOWN BAKE”, cuja panela vem com 2 lagostas inteiras, 1 quilo de amêijoas, camarão e linguiça defumada, além de vir acompanhada de 2 espigas de milhos e batatas cozidas, ao custo de U$ 42,99. Para duas pessoas é um bom prato. Além disso, a deliciosa limonada custa cerca de U$ 3,00 e pode, pelo mesmo preço, podendo ser reposta ilimitadamente.
Os frutos do mar, feitos no vapor, estavam saborosos. O tempero é um pouco mais adocicado do que estamos acostumados (o milho é bem doce), mas não tira de modo algum o sabor da comida, assim como a linguiça defumada era apimentada, mas de sabor e textura igualmente deliciosa.
Quando pede-se o steampots, ganha-se um avental para proteger a roupa de possíveis respingos ou casquinhas dos crustáceos, o que torna o ambiente ainda mais despojado.

O ambiente descontraído, com boa música e pessoas animadas, torna a comida ainda mais aprazível. De fato, um bom restaurante para ir e voltar, tantas vezes quanto der vontade de comer frutos do mar feitos no vapor. Saudável e muito, muito saboroso!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A DELICIOSA COMBINAÇÃO DA SEQUËNCIA DE FONDUE

Segundo nos conta a história, o fondue surgiu da região franco-suíça, numa época em que a dificuldade de estoque de mantimentos, com camponeses tendo alguns poucos produtos como queijo, pão e vinho, derretendo o queijo, e nele mergulhando o pão, tendo o vinho como excelente companhia. O prato se sofisticou, elitizando-se, e as variações foram inevitáveis, como o fondue de carne (no azeite ou na pedra) e de chocolate, além de outras decorrentes de culturas diversas (vietnamita, chinesa, etc.). O fato é que a seqüencia de fondue é deliciosa: queijo, carne e chocolate.
Decidimos jantar no restaurante St. Hubertus, que se encontra na Avenida das Hortências, em Gramado (www.sthubertusrestaurante.com.br) . Já havíamos conhecido esse restaurante antes (naquela época contamos com um pouco de sorte na hora de escolher uma seqüencia de fondue com bom custo/benefício), e resolvemos retornar. Atendimento, pratos e ambiente continuavam excelentes.
A entrada do restaurante é bonita, florida e adequadamente iluminada, e conta com um cortês atendimento de todos no restaurante.
Sabedores do que vinha pela frente, dispensamos solenemente o couvert (que, aliás, pouquíssimos restaurantes têm sabido fazer decentemente), e pedimos de cara a seqüencia de fondue, acompanhado de um vinho malbec argentino.
O primeiro da sequencia foi o fondue de queijo, acompanhado pelo tradicional pão e pelas batatas cozidas. O queijo derretido estava com sabor delicioso, no qual se sentida o gosto do vinho branco utilizado para temperá-lo, com a consistência ideal para molhar pão e batatas nele. Há que se ter cuidado, porque senão não se chega à última etapa da sequencia, ou até pior, à próxima. Estava excelente. Talvez tenha faltado picles ou equivalente para “quebrar” um pouco o sabor (forte) do queijo.
E então partimos para o fondue de carnes, feito na pedra (não gostamos daquele no azeite, além de não ser o mais saudável, deixa um forte cheiro de fritura não só em quem está na mesa como na vizinhança). Com a pedra quente coberta de sal, tínhamos à disposição porções de pedaços crus de picanha, mignon, porco e frango (esse, esquecido). Além disso, tínhamos uma infinidade de molhos que, apesar do esforço do garçon, não conseguíamos mais nos lembrar de todos. Mas lembramos especialmente do molho de gengibre com alho, maionese tártaro, vinagrete, mostarda, entre outros. Tão delicioso, que pedimos uma nova porção de carnes. E o vinho secava, como água.
Seguimos com o fondue de chocolate, acompanhado de uma dúzias de tipos diversos de frutas em pedaços. Igualmente delicioso, pena que exageramos nas etapas anteriores. Novo vinho, agora meia garrafa, para acompanhar o delicioso jantar. Estava tudo ótimo.
O atendimento foi muito bom! A cidade de Gramado nos mostra que o estado de Santa Catarina ainda está anos-luz de um atendimento ideal ao turista. E enquanto não tiver, continuamos indo pra lá. Todo ano! 
 
 

sábado, 4 de janeiro de 2014

FRUTOS DO MAR DIRETO DA FEIRA

Para o retorno do blog em 2014, optamos por compartilhar uma experiência diferente que tivemos durante viagem à França, especificamente Marselha, cidade litorânea que traz, dentre as várias experiências gastronômicas, excelentes opções de frutos do mar.
Cidade grande e portuária, Marselha nos apresenta uma característica um pouco mais cosmopolita da França, mas por estar situada no litoral, faz dos frutos do mar uma frequente (e excelente) opção de refeição, quase tudo sempre fresco.
Não foi diferente quando, embora estivéssemos andando “à deriva” pela cidade, acabamos por encontrar (acidentalmente, acreditem) o restaurante “Toinou Les Fruits de Mer” (http://www.toinou.com/), e que bem na frente tem uma feira de frutos do mar, todos muito frescos (e alguns até vivos), prontos para serem levados.
pelo comprador. A intensidade da apresentação é tamanha que realmente dá vontade de levar alguns pra casa... pena que não tínhamos casa em Marselha, apenas um quarto de hotel. Bom...
Sentamos numa mesa na parte externa do restaurante, só de olho naqueles frutos do mar da feira, que não podíamos levar. Fomos muito bem recepcionados no restaurante, com o atendimento feito em inglês (tentamos um pouco do francês), e recebemos de cortesia uma pequena entrada de pães (deliciosos) e três tipos de patês. Pedimos um vinho branco da casa para acompanhar.
Como prato principal pedimos um “La Sortie en Mer”. Uma variação de moluscos (mexilhões, vieiras e ostras, todas cruas), além de caramujos, dois lagostins, e 700 gramas de “king crab” (estes cozidos, mas frios). É, é pra quem gosta, e quem gosta se deleita neles, especialmente quando temperados no limão. Mas o mais interessante desse prato: foi todo montado com aqueles frutos do mar que víamos na feira o tempo todo! Uma delícia!
Se somado com a cortesia, podemos dizer que a quantidade de comida foi mais que suficiente, a ponto de recusarmos pedir a sobremesa. Custo do prato: EU$ 40,00 (quarenta euros). É, um pouco caro, mas como experiências gastronômicas em Marselha não se faz todo dia, achamos que deu pra encarar.
Para nós, a novidade nesses frutos do mar foi o caramujo, de excelente consistência e sabor típico de molusco, especialmente se bem temperado.
Experiência diferente, para gostos específicos, mas é uma dica de excelente valia.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Voltando com novas dicas!

Após algum tempo de ociosidade (criativa, diga-se de passagem), retornamos com o blog “Ao Sabor das Marés” em 2014, com novo layout, procurando explorar as opções gastronômicas que nos são apresentadas durante nossas viagens. Esperamos que gostem, que curtam e que compartilhem.