domingo, 28 de abril de 2013

UM BOM BACALHAU!





 
Em São Paulo, fomos visitar o restaurante português “Da Terrinha” (www.restaurantedaterrinha.com.br), situado na Avenida Pavão, Bairro Moema. Com local aconchegante e garçons simpáticos, chama atenção as paredes com curiosidades sobre Portugal, até mesmo piadas de portugueses.
Fomos recebidos com algumas cortesias, tais como bolinhos de bacalhau, que se apresentaram deliciosos, talvez os melhores que já comemos. Sequinhos e com o recheio do autêntico bacalhau, temperado na medida certa. Também pasteizinhos recheados com bacalhau às natas, certamente o melhor já experimentado até hoje, diferente de todos que já comemos. E, finalmente, alguns pães acompanhados de manteiga (uma delícia) e azeitonas pretas.
Como prato principal, pedimos um bacalhau às natas e um risoto de pinhão com cogumelos. O bacalhau às natas veio numa travessa bem servida para uma pessoa, com a superfície gratinada e um recheio maravilhoso. Leve, e com o sabor bem acentuado do bacalhau, mas o sal característico de pratos semelhantes, consegue dar cor ao paladar, com sabor peculiar. Por sua vez, o risoto de pinhão com cogumelos, veio com vários champignons (paris), shimeji e shitake, porém, faltou o legítimo pinhão. Muito bem servido o prato e muito saboroso.
Os vinhos que nos acompanharam foram os “Terra-plana” e “Quinta da rapariga”, ambos excelentes, mas o melhor é o primeiro (realmente muito bom). Vale dizer que a carta de vinhos só traz vinhos de Portugal, e os preços partem de cerca de R$ 80,00.
Quando chegou a hora das sobremesas, fomos surpreendidos com a excelência de seus sabores. Experimentando uma espécie de menu degustação, conseguimos nos deliciar com cada uma delas (siricaia, mousse de chocolate, arroz doce e nata do céu). Difícil de saber qual era o melhor. A siricaia tinha simplesmente um gosto maravilhoso, sem chegar ao doce extremo, mas com aquele sabor acentuado de uma pequena torta. A nata do céu era leve, saborosa, deixando aquela vontade de comer mais e mais. De igual forma, o mousse de chocolate e arroz doce. Sentimos falta do famoso pastel de Belém ou mesmo de Santa Clara.
Enfim, ficou a vontade de voltar. Alguns itens do jantar nos deixaram com muita, mas muita vontade que estivessem mais próximos de nós. Recomendamos!





quarta-feira, 24 de abril de 2013

AMBIENTE ACOLHEDOR, PREÇO NEM TANTO...


Ouvindo falar do restaurante Enoteca Osigo (www.osigo.com.br), resolvemos ir lá experimentar. A propaganda é a de que é um restaurante de cozinha italiana muitos rótulos de vinhos (até por se tratar de uma enoteca, que significa uma cave de vinhos). Fizemos a reserva e fomos pra lá.
Situado numa rua de fácil estacionamento (o que em Florianópolis é uma vantagem), entramos no restaurante e fomos bem recepcionados, num ambiente acolhedor, com mesas com vista para as janelas e um buffet de antipasto, baixos tons de luz, enfim, um lugar romântico.
A entrada, por opção do cliente, é justamente o buffet de antipastos, que custa R$ 99,90 o kilo. Não há uma quantidade expressiva de variedades de tipos de antipastos, embora o que tenha seja bom. Mas é estranho você se servir num Buffet, quando o restaurante tem todo aquele ar de bistrô, e você, teoricamente, não precisaria se levantar para se servir. De outro lado, qualquer peso no prato consiste num valor que parece ser superior ao valor de qualquer entrada do estilo em outros restaurantes.
Como prato principal, pedimos polenta ao ragu de carneiro, pelo valor de R$ 49,00. O prato foi bem servido e a comida estava muito saborosa. Porém, o valor cobrado não condiz com a simplicidade do prato. Apesar do sabor não frustrar as expectativas, ele não traz nenhuma novidade que justificasse o preço indicado.
Para acompanhar, pedimos um vinho italiano da região de Chianti. O valor era razoável, mas ele era o mais barato da carta de vinhos, que tinha valores elevados, e poucas opções de bom custo x benefício.
Com relação à sobremesa, cometeu-se uma gafe. Pedimos um semifreddo (semifrio, é um tipo de sorvete mas é menos consistente que os sorvetes tradicionais que conhecemos) de chocolate e café, e nos foi servido um de chocolate e torrone, sabores bem diferentes. Além disso, tal semifreddo estava “freddo” demais, pois estava duro devido ao congelamento. Talvez devessem mudar o nome que consta do cardápio. Por fim, o sabor não trazia nada de diferente, e custava R$ 18,00.
Enfim, saímos com uma conta um pouco elevada para a quantidade e qualidade dos pratos que experimentamos. Acontece.
Por isso, o ambiente que era tão acolhedor, foi ofuscado pelo preço, nem tão aprazível assim.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mistura deliciosa


Em um local com uma vista paradisíaca, na praia de Itaguaçu, situa-se o restaurante Rancho Açoriano (www.ranchoacoriano.com), tradicional por servir frutos do mar e deliciosas ostras. Como entrada, pedimos pastéis de camarão e berbigão, acompanhados de uma saborosa cachaça da casa.  Os pastéis estavam bem temperados e sequinhos.
 Como prato principal, pedimos um talharim ao molho de ostras, feito com leite de coco, pimentão, tomate e creme de leite. Uma combinação perfeita! O prato é muito bem servido para duas pessoas, e vem com uma generosa quantidade de ostras, que pareciam ser frescas.
O local foi recentemente reformado, estando mais amplo e mais bonito. O atendimento não tem nada de excepcional, mas certamente, vale a pena conhecer pelos seus pratos deliciosos e a cachaça da casa!
Não foi o prato que comemos dessa última vez que fomos, mas o berbigão ensopado com batatas é uma excelente dica!
Para fazer a digestão vale a pena uma caminhada pela beira mar e observar as pedras, que segundo o folclore contado por Franklin Cascaes as bruxas foram transformadas em pedras por não convidarem o diabo para a festa. Num dia de sol e sem vento, a vista do local é espetacular!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

PIZZA EM METRO


Em Roma, na Piazza Bologna, famintos num domingo à noite, saímos em busca de algum local aberto para comer. Encontramos a “Ippo Pizza” que para a nossa surpresa vendia pizza em metro. Exatamente isso, pizza com um metro! O local era pequeno, com cozinha limpa e visível ao público, típico para quem compra pizza para viagem. As pizzas eram vendidas por peso e cortadas com uma tesoura, ou em metro. Como não resistimos, pedimos uma pizza de um metro e com dois sabores: margherita e prosciutto e mozzarella.
Levamos a pizza para comer no hotel, acompanhada de um vinho frisante colonial (que era bom e barato) e custou apenas 3 euros!
Podem não acreditar, mas comemos a pizza quase inteira! Massa fina e crocante, muito bem coberta com deliciosos ingredientes fatiados na hora. Queijo na medida certa, presciutto legitimo e bem assado e um delicioso molho de tomate caseiro. A pizza custa 10 euros o metro, e serve tranquilamente duas pessoas famintas!
Para nós uma novidade, que certamente faria sucesso por aqui!
Detalhe para os pizzaiolos, extremamente simpáticos e atenciosos. A pizzaria não está localizada no mais turístico dos bairros de Roma (o que pode ser um atrativo), mas quem passar por lá, vale a pena conhecer!

domingo, 14 de abril de 2013

BOM GOSTO E TRANSPARÊNCIA

Antigamente em São José, e atualmente em Florianópolis (na rua Bocaiúva), situa-se o Bistrot Joy Joy (www.joyjoybistrot.com), com cardápio sofisticado e uma carta de vinhos, como dissemos em outro post, democrática, ou seja, com vinhos para todos os gostos e bolsos.
Num ambiente requintado, o destaque vai para a cozinha, separada do salão por uma parede de vidros, permite que você acompanhe integralmente o que se passa nela, dando total transparência aos clientes sobre a forma com que seus pratos são preparados. Tal conceito se revela extremamente interessante, pois você consegue visualizar toda a dinâmica de uma cozinha funcionando a pleno vapor, com a condução dos trabalhos pela Chef Joyce e sua equipe.
No cardápio, dentre as escolhas, optamos por duas entradas e dois pratos principais, não sem antes degustarmos um brinde oferecido a todos os clientes, que, no caso, consistiu numa pequena porção feita com bacalhau sob um tomate confitado e um creme de funghi, ambos deliciosos.
A entrada escolhida foi o “Siri te Pinica”, que é um delicioso siri mole empanado, acompanhado do creme frapê e a surpreendente couve manteiga frita, que é cortada em tiras finíssimas e frita a certa temperatura, que, quando a colocamos na boca, desmancha-se como se fosse um algodão doce. Realmente uma sensação única.
Os pratos principais foram o “Alles Blau” (R$ 54,00) e o “Das Gerais”. O primeiro é um delicioso risoto feito com mini arroz, lingüiça blumenau e banana frita, numa combinação equilibrada entre o doce e o salgado, em que ressalta o sabor da típica lingüiça blumenau e a banana, cortada em finas fatias, como um carpaccio. O segundo é o carré de cordeiro, mal passado, acompanhado de uma quirera com ragu de cogumelos e a já comentada couve frita. Simplesmente uma delícia, com os sabores extremamente harmonizados entre si.
Acompanhou-nos o vinho Zirlo (R$ 69,00), da Toscana, saboroso e de gosto acentuado, mas sem se sobrepor aos pratos servidos.
Para finalizar, pedimos a sobremesa: Montecchio e Capuleto. Uma deliciosa releitura do tradicional romeu & julieta, feita com sorvete de queijo e calda de goiabada, combinação tão perfeita quanto a original.
Com relação ao atendimento, ele foi impecável, com garçons próximos à mesa para qualquer necessidade do cliente, atenciosos e educados.
Por fim, vale ressaltar que o bistrot disponibiliza, sem custo, água mineral para acompanhar a refeição, tornando a cortesia como uma de suas características.
Vontade de voltar!




 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

INESPERADO E SURPREENDENTE


Em uma pequena cidade medieval no interior da Provença, na França, chamada Arles, foi que encontramos um pequeno restaurante que reserva deliciosas surpresas. Encontrado no meio de uma chuva e muito frio, adentramos o aquecido ambiente, que tinha, no máximo, sete mesas e uma atendente muito simpática. Apesar de não falar inglês, procurou, de toda forma, nos atender muito bem. O nome do pequeno restaurante é “La Comédie”, situado no Boulevard G. Clémenceau, 10, bem próximo do Espaço Van Gogh.
Optamos pelo “menu du jour”, fórmula consistente em pagar EU$ 18 com direito a entrada, prato e sobremesa. De entrada, pedimos uma torta de berinjela com molho de tomate, que estava divina, com textura macia, sem o amargo da casca da berinjela, sabor suave e combinava muito bem com o molho de tomate. A outra entrada foi a salada de folhas verdes com sardinha, igualmente deliciosa. De prato principal, pedimos um tagliatelle à carbonara, que veio repaginado, com o ovo cru para ser misturado na hora com a massa, o que deixou o prato com um gosto especial. Também chegou o tagliatelle ao molho de fígado que, embora não seja um prato do gosto de muitos, certamente para quem aprecia, estava delicioso, com um toque de vinho branco. Finalmente a sobremesa: glacier (sorvete com uma textura mais cremosa) ao molho de frutas vermelhas, equilibrando o ponto doce e azedo, numa mistura magnífica.
Tudo foi acompanhado com um vinho da casa, que bem combinou com todos os pratos.
Foi uma surpresa encontrar esse pequeno bistrô, numa pequena cidade, em meio a uma chuva, e sem qualquer indicação, que sem frescura ou preço caro, conseguiu mostrar excelência no seu serviço.